O paralítico de Betesda é uma das histórias mais famosas do Novo Testamento da Bíblia cristã. Segundo a narrativa, havia em Jerusalém um tanque chamado Betesda, onde uma vez por ano um anjo descia para agitar as águas, e aquele que entrasse primeiro seria curado de sua doença. O paralítico de Betesda estava nesse local havia 38 anos, mas sempre perdia a chance de entrar no tanque quando o anjo agitava as águas. Certa vez, Jesus se aproximou do homem e perguntou se ele queria ser curado. O homem respondeu que não tinha ninguém para ajudá-lo, e que sempre perdia a oportunidade de entrar no tanque. Jesus mandou que o homem se levantasse, pegasse sua cama e andasse. E assim foi feito: o paralítico de Betesda foi curado e começou a andar. O episódio do paralítico de Betesda é muitas vezes interpretado como uma metáfora para a salvação cristã, em que Jesus é o único caminho para a cura da alma. Além disso, a história também é vista como um exemplo da compaixão e misericórdia de Jesus para com os mais necessitados, e como um chamado para os cristãos praticarem esta mesma compaixão em suas vidas diárias. No entanto, vale lembrar que o paralítico de Betesda era apenas uma das muitas pessoas que sofriam em Jerusalém na época. A miséria e a pobreza eram comuns, e muitos não tinham acesso aos cuidados médicos necessários. O episódio, portanto, é também uma denúncia da injustiça social e uma chamada para a ação em prol daqueles que mais necessitam.