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A Necropolítica, termo cunhado pelo filósofo camaronês Achille Mbembe, é uma forma de governança que se baseia na exploração e controle da morte, em outras palavras, é uma política que tem a morte como ferramenta para exercer poder sobre a sociedade. Nessa perspectiva, a vida não é mais a norma primordial de governança, mas sim a morte, que é utilizada como instrumento para controlar a população, limitando seu acesso aos recursos básicos e impondo um estado de medo e terror. A Necropolítica pode ser vista em diversos contextos, como em conflitos armados, em que o Estado utiliza a força para eliminar grupos que se opõem ao seu poder, ou em guerras civis em que grupos paramilitares usam a violência para dominar a população. No entanto, a Necropolítica também pode ser vista em contextos mais sutis, como por exemplo, na negligência governamental em relação às políticas públicas de saúde e segurança, que acabam por causar a morte de milhares de cidadãos todos os anos. Mbembe argumenta que a Necropolítica é uma forma de colonialismo persistente, em que o poder é exercido sobre corpos que são considerados "outros", "diferentes" e "inferiores". A superação da Necropolítica exigiria, segundo ele, a criação de uma nova ética que priorize a vida e o respeito à dignidade humana.