A expressão “ready made” é frequentemente usada no mundo da arte contemporânea como uma técnica que consiste em utilizar objetos inusitados e encontrados na vida cotidiana como obras de arte. Essa técnica teve início no começo do século XX com o trabalho do artista francês Marcel Duchamp, que ficou famoso por seus objetos “
ready made”, como um urinol que ele transformou em uma obra de arte simplesmente ao assinar o objeto e dar-lhe um título. Hoje em dia, o uso dessa técnica se espalhou por todo o mundo e se tornou uma maneira popular de desafiar as noções tradicionais de arte e expandir suas possibilidades. Mais do que simplesmente criar obras a partir de objetos encontrados, o “ready made” pode ser visto como uma forma de questionar a própria natureza da arte e do valor que lhe é atribuído. Embora o conceito de “ready made” possa parecer simples, sua aplicação na prática requer um olhar criativo e uma habilidade para ver as coisas de uma forma nova e única. Afinal, nem tudo o que está ao nosso redor é imediatamente percebido como uma obra de arte, e a capacidade de transformar objetos triviais em algo novo e significativo é o desafio enfrentado pelos artistas que se inspiram nessa técnica. De certa forma, o “ready made” representa uma forma de desafiar as convenções e encontrar beleza onde menos se espera, tornando-o uma estratégia importante para a criação de uma arte cada vez mais inclusiva, participativa e integrada à vida dos espectadores. Com sua simplicidade e versatilidade, a técnica do “ready made” é um convite para olhar o mundo com olhos curiosos e encontrar inspiração em tudo ao nosso redor.