Rastas é um movimento religioso originário da Jamaica no final da década de 1920. Eles foram inspirados pelas ideias do líder político jamaicano Marcus Garvey, que pregava o orgulho africano e a autodeterminação para os negros. A filosofia rastafári enfatiza a busca pela espiritualidade, a reverência pela natureza e pelo universo, a resistência contra a opressão e a descolonização da mente e da sociedade. Os rastas acreditam em uma concepção panteísta de Deus, onde o divino está presente em todas as coisas, incluindo a humanidade, a natureza e os animais. Eles também acreditam que Haile Selassie, o último imperador da Etiópia, é a personificação desse deus. Selassie, que foi coroado em 1930, foi considerado por muitos rastafáris como o Messias, aquele que inspirou a sua busca pela salvação e pela libertação. Uma das práticas mais emblemáticas dos rastafáris é a alimentação ital, que consiste em uma dieta vegetariana baseada em alimentos puros e naturais. Eles também têm um estilo de vida austero, com ênfase na simplicidade, humildade e honestidade. O uso da maconha é também uma prática comum entre os rastas, não como uma droga recreativa, mas sim como um sacramento, uma ferramenta de meditação e reflexão. Apesar dos estereótipos associados aos dreadlocks e à música reggae, a filosofia rastafári é muito mais do que isso. É um movimento de resistência cultural e espiritual que reivindica a igualdade, a justiça e a paz. Mesmo enfrentando a discriminação e a perseguição, os rastafáris continuam a desafiar as normas sociais e a buscar uma vida mais autêntica e espiritual.